Sobre o Museu

Idealizado pelo iDeclatra

O Instituto Defesa da Classe Trabalhadora (iDeclatra), idealizador do Museu da Democracia em Curitiba, é uma organização da sociedade civil sem fins econômicos.

Fundado em 2015, seu objetivo é produzir e difundir conhecimento científico voltado às áreas social, educacional e cidadã, sempre orientado pelos princípios democráticos.

Fundadores

Mírian Gonçalves (OAB/PR 11.994)- Presidenta

Wilson Ramos Filho (Xixo) (OAB/PR 10.285) – Conselheiro Fiscal

Mauro Auache (OAB/PR 17.209)- Conselheiro Fiscal

Jane Salvador (OAB/PR 22.104)- Vice-diretora

Nasser Ahmad Allan (OAB/PR 28.820)- Diretor institucional

Ricardo Nunes de Mendonça (OAB/PR 35.460)- Diretor de projetos.

Portfolio

O Instituto tem vasto portfólio e objetiva a promoção dos direitos humanos e da cidadania por meio de projetos que garantam o fortalecimento da classe trabalhadora e da democracia brasileira.

Realizou documentários sobre diferentes temáticas que correspondem a seus eixos de atuação. Em parceria com o programa Harmonia com a Natureza da ONU (Organização das Nações Unidas), universidades federais e outras instituições, lançou “Manifesto Harmonia” e colaborou com “Natureza com N maiúsculo”.

Também executou a série documental sobre assédio moral e organizacional chamada “Relatos verdadeiros de vítimas do HSBC”. A presidenta do Instituto Declatra, Mírian Gonçalves, ainda realizou o documentário “Impressões do Haiti: países e povos em estado de colapso.

Articulado em uma ampla rede que reúne advogados, acadêmicos, jornalistas, lideranças políticas e entidades da sociedade civil, o iDeclatra atua em prol de uma sociedade mais justa, igualitária e comprometida com o desenvolvimento econômico e social.

A trajetória do iDeclatra está diretamente ligada à história do escritório de advocacia Declatra (atual escritório GASAM — Gonçalves, Auache, Salvador, Allan & Mendonça Advocacia), criado em 1982, em Curitiba (PR).

A partir de mais de quatro décadas de atuação, o escritório consolidou-se como a maior referência na defesa dos direitos dos trabalhadores do Paraná — experiência que inspira e sustenta as ações do Instituto.

Por que em Curitiba?

Curitiba sediou o lançamento oficial do movimento das “Diretas  Já”. Foi em 12 de janeiro de 1984, na Boca Maldita, com a participação de mais de 50 mil. O comício reuniu personalidades como Ulysses Guimarães, Tancredo Neves e ainda governadores de São Paulo Franco Montoro e do Paraná, José Richa, o senador Álvaro Dias, artistas como Bete Mendes, Dina Sfat e o locutor Osmar Santos.

Em meados dos anos 1980, políticos que militavam pela abertura política brasileira sentiam que o clima no país era cada vez mais favorável a manifestações cívicas.

Porém, temiam uma resposta dura do regime militar no caso de um grande comício pedindo eleições diretas para presidente. Ao mesmo tempo, também se preocupavam com o contrário — e se o povo frustrasse a expectativa e não respondesse aos chamados?

📸 | Lançamento do Movimento das Diretas Já em Curitiba em 12 de janeiro de 1984. Foto: Ivan Bueno.

Curitiba era a escolha perfeita. Afinal, era a capital de um estado governado pelo então PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), cujas lideranças encabeçavam o Diretas Já.

Também contou à favor dessa escolha a fama de Curitiba como uma cidade laboratório para shows, eventos e tendências. É como diria Caetano Veloso: “se Curitiba aplaude, o Brasil delira”. E assim foi feito.

O Museu da Democracia pretende resgatar e preservar essa história, dando o merecido destaque ao primeiro megacomício das Diretas Já, iniciando a derrocada do regime militar.

A sede

O espaço proposto para sediar o Museu da Democracia é o edifício histórico dos Correios, localizado na Rua XV de Novembro, nº 700, na Praça Santos Andrade, em Curitiba (PR) — no coração da cidade, onde a vida cívica pulsa.

O edifício e a localização são icônicos tanto por sua arquitetura quanto por seu simbolismo. A região onde ele está inserido, no entorno da Rua XV de Novembro, abrigou importantes manifestações políticas.

Na época do regime militar, a região central de Curitiba possuía áreas bem delimitadas de resistência democrática (universidade federal, casas de estudante, boca maldita). E também espaços de repressão (sede do DOPS, superintendência da Polícia Federal, quartel do exército).

Ao se instalar no prédio histórico dos Correios, o Museu da Democracia estará bem no centro do espaço de resistência democrática.

Museu-experiência

A visita ao Museu da Democracia será emocionante. A proposta de “museu-experiência” transforma a ida ao museu em uma vivência por meio de audiovisuais, instalações interativas, aplicativos digitais, tudo com ampla acessibilidade.

Por exemplo, ao utilizar o celular para a leitura de um QR code referente à cada exposição, o visitante terá acesso a diversos idiomas e versões acessíveis para crianças, pessoas com deficiência e diversos outros públicos. A acessibilidade e inclusão social são fatores indispensáveis no Museu da Democracia.

O prédio será um verdadeiro espaço de convivência cultural. Ele contará com ambientes para lançamento de produtos que tenham relação com a proposta do museu, assim como oficinas sobre democracia, estrutura para coworking, cafés, restaurante e auditórios.

Para atender esses objetivos, o Instituto Declatra formou uma equipe multidisciplinar que compreende profissionais das áreas de museologia, arquitetura, expografia, além de professores e especialistas em diversas áreas do conhecimento como ciência política, história, filosofia, ciências sociais, direito, arte, educação, jornalismo, de modo a contemplar a diversidade necessária para a implantação de um museu na temática democracia.

A marca

O Museu da Democracia recebeu o importante e generoso apoio de Marina Willer, uma das maiores designers do mundo e sócia do conceituado estúdio Pentagram Design, em Londres. Ela e sua equipe assinam a criação da marca oficial do museu.

Willer tem em seu currículo marcas como a Tate Gallery, Museu de História Natural de Londres, Anistia Internacional, Oxfam, Ópera Ballet de Flandres, Fundação Moholy-Nagy, Rolls Royce Motor-Cars, Oi-Brasil, Nubank, entre outras.

Curitibana, Marina Willer participou do lançamento das “Diretas Já” na capital paranaense em 1984. Ela considera esse um episódio marcante e inspirador em sua vida, o que resultou na inestimável contribuição dela e de sua equipe ao projeto do MuDe.

A marca se fundamenta na estética do modernismo, nas construções de Brasília, no estilo arquitetônico do prédio dos Correios e no projeto de adaptação museológica realizado. Também traz um estilo contemporâneo na aplicação das cores que se associam à bandeira brasileira de forma vibrante.

Corpo Técnico

Diretoria iDeclatra

Mírian Gonçalves — Presidenta
Wilson Ramos Filho (Xixo)
Mauro José Auache
Jane Salvador
Nasser Ahmad Allan
Ricardo Nunes de Mendonça

Equipe iDeclatra — Gestão do Projeto:

Kelen Vanzin — Gerente
Ana Célia Pires Curuca — Coordenadora
Aline Pinoti — Assessora

Conselheiros

Dulce Chaves Pandolfi
Jorge Samek
Paulo Vannuchi

Partido Curatorial

Adriano Codato
Amélia Sieguel Corrêa
Angela Moreira
Arlete Rosa
Isabel Limongi
Joao Paulo Allain
José Roberto Braga Portella
Vilma Aguiar

Arquitetura — YVA Arquitetura

Yuri Vasconcelos Silva — Coordenador. CAU – A368881.
Guilherme Cirilo Feijó — Arquiteto. CAU – A2900173.

Expografia

Suzane de Queiroz Ribeiro — Arquiteta. CAU A26034-7.

Museologia

Marla Prado — Museóloga. COREM-4R n° 179-I.

Consultores

Ana Candida Baêsso Moura
Clarice Magalhães
Clarice Zendron Dias Tanaka
Mirella Prosdocimo
Raquel Ferreira

Banco de Dados

CPDOC-FGV; Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital; Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN); Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações Brasileira (BDTD); Instituto Moreira Salles; Fundação Ulysses Guimarães; Fundação FHC.

Design da Marca  — Pentagram (Londres)

Coordenação: Marina Willer

Equipe: Cleber Campos, Rita Desport e Charlotte Harmsworth

📸 Topo: Primeiro Comício das Diretas Já em Curitiba. Foto: Senado Federal.